Que música você quer ouvir numa casa de swing? Esses dias uma amiga dizia que queria dançar funk mas só tocava eletrônica; já ouvi casais reclamarem de shows sertanejos em casas de swing e também já ouvi reclamações sobre bandas de rock, funk por mais de 30 minutos, etc, etc, etc.

Se querem saber, eu gosto mesmo é de MPB, love songs, rock pop… Mas imaginem chegar numa casa de swing e encontrar os casais dançando coladinho ao som de Careless Whisper ou Insensatez (affff… kkkkkkkkk). As músicas são fantásticas mas não tem nada a ver com uma balada liberal. Outro dia tocou Construção, do Chico Buarque, remixada… é uma música tão incrível que parei de dançar pra prestar atenção na letra – fiquei imaginando uma taça de vinho na mão, sentada na varanda discutindo ideologias com os amigos; resultado: desci do balcão e vesti a roupa.

Não é novidade pra ninguém que eu não gosto de sertanejo porque acho o estilo muito simples, mas botar um negócio muito elaborado também não funciona pra mim porque fico analisando nota por nota, ritmo por ritmo, rima por rima. Penso que, na boa, quer ouvir sertanejo vai na Woods, Vila Country e tantas outras casas do gênero. Funk a mesma coisa, pra isso já tem os bailes espalhados por toda a cidade; MPB tá cheio de barzinho oferecendo o estilo por aí.

Mas em casa de swing… a música eletrônica reina absoluta e penso que é porque o ritmo repetitivo desse estilo é similar ao ritmo repetitivo do ato sexual. Quando o pessoal começa a dançar colado é impossível não mexer o corpo imitando movimentos do sexo. Não estou aqui sugerindo um estilo musical a noite toda, calma, ninguém merece ficar ouvindo o tempo todo a mesma coisa.

Mas como eu, obviamente, não fiz nenhuma pesquisa pra saber se é isso mesmo, fui procurar algumas respostas de quem já foi mais a fundo nessa questão. Não descobri nenhum estudo sobre música eletrônica e sexo (que novidade… ) mas encontrei outros que podem ser úteis na nossa reflexão.

Descobri que a influência da música eletrônica sobre seus ouvintes é como um estimulante cerebral. “Muitos dos estilos da música eletrônica são capazes de nos levar a estados meditativos e de expansão da consciência, mesmo sem uso de qualquer substância psicoativa”, afirma o DJ e colunista da Gazeta do Povo, Dan Polastri. O ritmo de uma música é processado no cerebelo, área do cérebro responsável pelos movimentos, por isso é quase impossível não mexer o corpo ao som de uma batida.

Por outro lado, um estudo sobre a influência da música eletrônica em atividades físicas revelou que ao se exercitar com músicas de seu agrado, os sujeitos tiveram maior desempenho quando comparado às músicas que eles não gostavam. Será que isso funciona também para exercícios sexuais?

De qualquer forma, o swing em si consiste em fazer o que se gosta, o que se quer, quando se quer ou seja: é totalmente pessoal. E ao mesmo tempo é totalmente social, quando entendemos que não existe swing se não houver envolvimento com outras pessoas – sexual de preferência.

Se a própria essência do swing é uma mistura de pessoal com social, acho que chegamos à nossa resposta de hoje. Música pra casa de swing deve ser uma mistura de gosto pessoal com gosto social (aquele que você só curte porque quem você tá afim está curtindo… kkkkkkk). Sobra pros DJ´s encontrarem o equilíbrio prefeito entre um e outro pra manter um clima de sedução e sexo a noite toda.

E você? Qual é o seu estilo de música preferido na hora do swing?

Fontes:

  • www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-107X2011000300003
  • playbpm.com.br/o-impacto-da-musica-em-nosso-corpo